A Próxima Companhia, dando continuidade à sua pesquisa e ao trabalho coletivo de seus integrantes propõe um mergulho no universo brega, compartilhando com o público em um formato de show-intervenção sua mais recente pesquisa de criação. O trabalho começou a ser gestado durante a pandemia e nomeado a partir da escrita abrasileirada do termo happy hour, que é utilizado para definir uma confraternização informal entre pessoas após o expediente de trabalho. Com isso, a criação foi intitulada como Répi Auer.

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O espetáculo-intervenção é ambientado no “Bar Momentos Felizes” no qual cinco personagens estão em relação direta com o público. As personagens são inspiradas em figuras da vida noturna do centro de São Paulo, que através de canções clássicas presentes na boemia paulistana fazem sua celebração e despedida na última noite no bar que, assim como tantos espaços de festa e diversão da cidade que sucumbiram às dificuldades de permanência, pelo preço do aluguel, proibição do uso da rua, gentrificação, a expulsão de um tipo de modo de vida que “não pode caber mais no bairro".  A relação direta e proposta imersiva do público é  outro ponto importante no processo de criação, uma vez que o grupo tem em sua formação comum a linguagem das máscaras e do teatro popular, diretamente ligado à estrutura de personagens-tipo. Outro elemento importante da pesquisa é o universo da música brega/romântica que há décadas é reproduzida nas rádios, jukeboxes e karaokês dos bares e botequins. O desejo é falar de amores, sabores e afetos na potência que isso tem em um momento em que como sociedade tivemos tantas perdas.